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Artistas carpinenses debatem política cultural  

cartaz 002O município de Carpina promove, nesta quinta- feira (28), o I Encontro de Política Cultural, no auditório da Prefeitura da cidade, das 8h às 12h. Artistas e produtores culturais estão convidados a debater os rumos do movimento que pretende criar o Conselho de Cultura de Carpina.

De acordo com Hugo Ivaldecir, um dos organizadores do evento, a proposta é discutir a lei já existente, no intuito de contemplar os produtores culturais locais. Para isso, o primeiro passo será formar uma comissão para articular, junto ao setor jurídico e a Câmara de Vereadores de Carpina, a alteração na Lei 1.529, de 02 de dezembro de 2013.

A princípio, não há confirmação da presença de representantes da Secretaria Municipal de Cultura. Porém, o movimento cultural formado por artistas conseguiu mobilizar a sociedade e vai trazer ao encontro dois nomes de peso na cultura regional e nacional; Gilson Martins, gestor regional do Nordeste do Ministério da Cultura e Teca Carlos, coordenadora do Sistema Estadual de Cultura.

Martins fará a palestra “Sistema Nacional de Cultura”, através da qual pretende esclarecer pontos da relação de trabalhos dos conselhos de cultura dos municípios com o governo federal. Já Teca Carlos, palestrará sobre a função e importância do conselho estadual de cultura. Além disso, o Conselho municipal da prefeitura do Recife confirmou a presença de um representante para dialogar sobre a relação dos trabalhos executados por um conselho.

Início – A prefeitura de Carpina criou o Projeto de Lei 1.529, para estabelecer as normas de formação do Conselho Municipal de Cultura de Carpina. O projeto foi enviado para a Câmara de Carpina e, aprovado, tornou-se lei municipal.

“O impressionante é que não houve da parte dos vereadores de Carpina o cuidado de observar o texto que, na época, ainda era projeto de lei. A lei é tão contraditória, que ela mesma, em seu texto se diz paritária, mas na formação das representatividades, ela mesma quebra o que estabeleceu, sem falar de outras centenas de erros”, comentou Hugo.

Segundo ele, ficaram de fora da lei a dança, a literatura, a arte cênica, arte plástica, fotografia, audiovisual e outras expressões culturais. “O gestor municipal errou em criar um projeto de lei sem participação dos que vivem, o que seria a lei na prática no seu dia a dia, pois cultura é um organismo vivo. Não dá para fazer um projeto de lei dentro de um escritório à base de cafezinho e ar condicionado. Nem do governo do município nem da própria Câmara houve o interesse de dialogar com os artistas e a sociedade sobre essa lei que, ao chegar ao conhecimento público, mostrou-se inadequada para atender nosso contexto cultural”, finalizou Hugo.

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