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Caixa Cultural Recife recebe projeto “Curva do Mundo”, com exposição, lançamento de livro, clipe e performance

Mostra revela a poesia, as artes visuais e a música do  produtor cultural Afonso Oliveira, que completou 50 anos

A CAIXA Cultural Recife, localizada no Bairro do Recife, será palco, no dia 24 de setembro, a partir das 19h, da abertura do projeto “Curva do Mundo”,que fica em cartaz até o dia 13 de outubro. A mostra retrata um olhar artístico sobre a poesia, as artes visuais, o audiovisual e a música do produtor cultural e consultor em políticas culturais Afonso Oliveira, e faz parte das comemorações de seus cinquenta anos de vida.  Na abertura, o público confere o lançamento do livro que dá nome à exposição; e a apresentação de um conjunto de composições autorais, compostas especialmente por ele para diversos artistas brasileiros. O evento gratuito é aberto ao público.

A exposição “Curva do Mundo”,que reúne 15 obras em acrílica sobre tela e papel,é um desdobramento do livro que dá nome à mostra. Tanto as páginas como as telas, trazem um estilo poético, inspirados em temas importantes, como ancestralidade, diversidade cultural, sentimento, respeito às diferenças, cotidiano e lugares. “Sempre tive minha vida dedicada à produção da arte, de modo especial, à música e a cultura popular. Mas, ao chegar neste novo ciclo de vida, aproveitei tudo que eu tinha aprendido de melhor, como ser humano e profissional, para transmitir ao mundo o meu fascínio de escrever poesias e de realizar pinturas e composições musicais, foi um trabalho árduo nos últimos 5 anos, escrevendo nos aviões e lugares que visitei.” ressalta.

Durante o evento o público também vai poder conhecer a versão Afonso Oliveira compositor. O projeto vai lançar, até junho de 2020,13 músicas e 13 clipes, que já estão sendo produzidas por vários artistas e grupos da cena musical pernambucana e nacional. Na CAIXA Cultural Recife, Afonso Oliveira vai mostrar músicas gravadas por Dudu Nobre, Sapoty da Mangueira, Valdir Afonjah, Maracatu Estrela Brilhante do Recife, Silvério Pessoa, Quinteto Violado, Targino Gondim, Nádia Maia, Quinteto Violado e Coco Raízes de Arcoverde. “É uma honra ter minhas músicas gravadas por esses artistas e grupos, nunca imaginei que me tornaria compositor”, comemora.

A música “Rainha do Congo” será apresentada em primeira mão junto com o clipe em homenagem a Dona Marivalda do Maracatu Estrela Brilhante do Recife. A peça audiovisual contou com a direção de Marcelo Pedroso, que já dividiu a direção com Afonso no filme “Maracatu Atômico – Kaosnavial”. Também será lançado no Spotify. “Essa música representa a valorização da mulher preta no mundo. É preciso romper com o machismo e o racismo na cultura brasileira. Fiquei muito feliz com o resultado”.

Racismo é o tema da instalação “Tudo por um triz”, em que o autor disseca numa poesia bela e trágica a situação do povo Preto. “O mundo não parou de escravizar os pretos. Estamos num dos momentos mais sombrios da humanidade. Minha alma sente os efeitos da opressão e traduzir em forma de arte foi uma consequência, estamos todos por um triz”.

E, por fim, Afonso vai apresentar uma performance com a participação de Dona Marivalda, Carlita Roberta, Afonjah e o Maracatu Estrela Brilhante do Recife. “É uma exposição quase que transmidiática, que a partir da leitura do livro, o público vai poder se encontrar em outras peças, a exemplo do clipe, das músicas e das pinturas, de modo que a compreensão do universo narrativo pode ser contemplada de várias maneiras”, enfatiza.

Sobre Afonso Oliveira 

Casado com a bailarina Valéria Vicente e pai de três filhos: Tereza,  Lucas e Pedro, Afonso Oliveira é criador do Método Canavial de Ensino de Produção Cultural que se tornou livro em 2010.  Durante 30 anos dedicado a produção cultural, coordenou e criou mais de 100 projetos relacionados a dança, cultura popular, literatura, cinema, televisão, música em geral, dança e memória. Além disso, Afonso Oliveira contribui na produção de 30CD´s com artistas e grupos pernambucanos. Seu legado também está presente no audiovisual, como produtor e diretor, juntamente com Marcelo Pedroso, do Filme “Maracatu Atômico –Kaosnavial” com Jorge Mautner e Mestre Zé Duda em 2012. Em 2017, ele foi Secretário de Patrimônio, Cultura e Turismo de Olinda e nesse mesmo ano recebeu do Governo Federal a comenda de Cavaleiro da Ordem do Mérito Cultural.

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