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Empresário investigado por desvios em prefeitura de Lagoa do Carro deixa a cadeia

Polícia Federal em Pernambuco informou, nesta sexta-feira (13), que está em liberdade o empresário apontado como um dos principais envolvidos em desvios de recursos públicos na Prefeitura de Lagoa do Carro, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, distante 60 quilômetros do Recife. Ele tinha sido detido na terceira fase da ‘Operação Mata Norte’, no dia 29 de setembro. De acordo coma PF, o suspeito deixou o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na Reginformou, ainda, que o empresário foi libertado, na quarta-feira (11), por meio de um alvará expedido pela Justiça. Agora, vai poder responder ao processo fora da cadeia.

Na terceira etapa da ‘Operação Mata Norte’, a equipe da PF cumpriu também três mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento. Os agentes deram cumprimento, ainda, a cinco mandados de busca e apreensão.

Eles estiveram em residências e estabelecimentos comerciais do empresário. As ações ocorreram nos bairros de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, e de Casa Forte, na Zona Norte. O esquema envolvia políticos e empresários e atuava no desvio de recurso de merenda escolar. Estima-se, a princípio, um prejuízo de R$ 512 mil.

Participaram dessa fase da ‘Operação Mata Norte’ 28 policiais federais. Eles foram distribuídos seis equipes e estiveram acompanhados por quatro auditores da Controladoria Geral da União (CGU).

A nova fase da ação foi deflagrada após análise do material apreendido nas etapas anteriores. Foram constatadas, segundo a PF, destruição de provas pelo empresário preso nesta sexta.

Ele também passou a pernoitar em locais diversos após a deflagração da primeira fase da operação, como hotéis e residências de familiares. A Polícia Federal revela que ele subtraiu e retirou provas do seu apartamento, ocultado veículos de luxo de sua propriedade, mas que se encontram registrados em nome de terceiros.

Ação

A primeira fase da operação ocorreu na sexta-feira (22) e a segunda aconteceu na terça-afeira (26). O objetivo da PF foi desmontar um esquema de corrupção que envolve políticos, empresários e empresas fornecedoras de merenda escolar.

As investigações tiveram início em julho de 2017 a partir de um Relatório de Auditoria da Controladoria-Geral da União relatando uma suposta prática decorrente de contratação fraudulenta por meio de empresas para fornecimento de merenda escolar no município de Lagoa do Carro, nos anos de 2013 a 2016.

Ficou constatado o desvio de recursos públicos federais decorrentes do Programa de Apoio à Alimentação Escolar na Educação Básica (PNAE), por meio de sobrepreço e superfaturamento nos valores das licitações para obtenção de vantagem ilícita em detrimento da alimentação dos alunos, promovendo um prejuízo aos cofres públicos estimado na cifra de R$ 512 mil reais.

*G1PE

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