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Estudante de Carpina tira nota máxima na redação do ENEM

Um estudante da rede pública estadual está entre os três candidatos que tiraram a nota máxima na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016, em Pernambuco. Morador de Carpina, Mata Norte do estado, Victor Josuan, 19, fez a prova pela segunda vez e tenta uma vaga no curso de Medicina, um dos mais concorridos nas universidades do país. Ao todo, 6,1 milhões de pessoas fizeram as provas e, destes, apenas 77 obtiveram nota 1.000 no Brasil.

Ex-aluno do curso de Redes de Computadores na Escola Técnica Estadual Maria Eduarda Ramos de Barros, em Carpina, Victor explica que não esperava a nota máxima na redação e que o sentimento agora é de satisfação. Como preparação, ele fez um curso privado de redação, mas estudou em casa para as outras disciplinas do exame. Para ele, a preferência é uma vaga na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no campus Recife.

“Eu não conseguia ver a nota do Enem e, quando soube da nota na redação, não sabia o que fazer. Gritei muito e meu primeiro reflexo foi mandar uma mensagem para minha professora. Acredito que minha ousadia durante o desenvolvimento do tema foi crucial para a nota máxima”, disse.

A preparação para o exame incluiu, ainda, fazer cerca de três redações por semana, treinando diversos possíveis temas e fortalecendo a argumentação, o que ele acredita ter facilitado na hora de realizar o exame.

No Facebook, a postagem com o print da nota recebeu mais de 230 curtidas. “1000 na redação do Enem. Valeu Mainha, valeu Fernanda. OBRIGADO POR TUDO!!”, postou Victor, fazendo referência à professora de redação Fernanda Pessoa. Sobre a rotina de estudos, ele explica que dedicava ao menos três horas por dia à preparação para as provas, com uma hora de teoria e outras duas de resolução de exercícios.

Neste ano, o tema da primeira edição da redação do Enem foi ‘Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil’. Para basear a argumentação, Victor conta que utilizou-se do pensamento da filósofa gaúcha Márcia Tiburi e um poema de Carlos Drummond de Andrade no fechamento do texto. “O pensamento da filósofa discute sobre uma certa ‘moda’ em odiar, como uma anticultura, e foi nisso que prendi meu argumento”, explicou.

Sobre a expectativa de aprovação, Victor conta que, apesar do bom desempenho, não dá por garantida a vaga em Medicina. “Esse curso é sempre uma caixinha de surpresas, mas estou confiante. Sempre quis Medicina e estou satisfeito com meu resultado”, comemorou.

*G1

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