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Flor do Tamarindo faz sua estreia brilhante no carnaval

Em Carpina, o primeiro desfile do Flor do Tamarindo será no dia 23 de fevereiro 

Nascido no dia 10 de março de 2018, de uma conversa entre amigas em uma praça à Rua Getúlio Vargas, popularmente chamada de Rua dos Tamarindos, o Bloco Lírico Flor do Tamarindo faz sua estreia no carnaval pernambucano. A primeira fantasia é inspirada na flor da árvore frutífera e medicinal e o figurino é original, nas cores laranja, verde e branco, cores da flor e do bloco. O “batismo” do Flor do Tamarindo acontece no dia 17 de fevereiro deste ano, no Aurora dos Carnavais.

O “padrinho” é o Bloco Boêmios da Boa Vista, que também participa dos desfiles na Rua da Aurora, no Recife. Conforme disse a presidente do bloco, Maria Aparecida Pires, “com o objetivo de resgatar a beleza e o lirismo dos carnavais passados, além de valorizar e incentivar a cultura popular, um grupo de amigas se reuniu e, a partir da proposta de Edna Carneiro e Maria José Coelho que me convidaram para compor a presidência, formamos as diretrizes de um novo bloco na cidade de Carpina. Também com o intuito de fortalecer e enriquecer culturalmente a nossa cidade. Nosso bloco é formado por senhores e senhoras da sociedade que se encantam com o resgate do carnaval família”, explicou.

Em Carpina, o primeiro desfile do Flor do Tamarindo será na semana pré-carnavalesca, no dia 23 de fevereiro e, depois, no dia 27 do mesmo  mês. A sede da agremiação carnavalesca fica à Rua José Azevedo Guerra, 98, Cajá- Carpina-PE.

O flabelo é um dos mais bonitos entre os blocos pernambucanos, com motivo ecológico e folclórico, o tamarineiro e o mamulengo, confeccionado pelo estilista Rhafael Freiras. O bloco é acompanhado pela Orquestra e Coral Evocações do Recife, sob o comando do maestro Barbosa. Os homenageados do desfile deste ano são os antigos moradores da Rua dos Tamarindos, o comerciante Artur Salgado e a artesã Lourdes Rangel.

O hino da agremiação carpinense chama-se “O Flor de Tamarindo é Lindo”, da autoria de Eli Madureira e Humberto Vieira. Para desfilar, o Flor do Tamanrindo contou com o apoio da Prefeitura de Carpina, de comerciantes, dos sócios e de admiradores da cultura popular.

Blocos líricos – Eles traduzem romantismo, poesia, tradição e harmonia em diversão. Essas agremiações são compostas por abre alas, ala de passista e um grupo musical, geralmente de pau e corda (violão, bandolim, banjo e cavaquinho). O gênero musical é o frevo-canção ou marcha de bloco. Nos cortejos participam pessoas de todas as idades interessadas na preservação da cultura popular. Os blocos líricos não têm estandarte, usam flabelo.

Eles remontam aos antigos pastoris. Sua origem se deu porque as mulheres da sociedade recifense não brincavam carnaval e resolveram criar esse tipo de agremiação, baseado no folclore natalino. Além do pastoril, a commedia dell’art vertente do teatro popular europeu forneceu importantes elementos para os blocos. A música tem um significado diferente da folia. São canções de falam de amor, paixão, saudade, de poesia. Aliás, a palavra lírico se refere à poesia e à beleza feminina.

Esses blocos se distinguem dos outros por não terem estandarte, mas flabelos, que tem formato mais personalizado, pela música e grande presença feminina. O coral é formado mais por vozes femininas. Surgiram na década de 1920, inspirados na tradição euripéia e com fantasias caprichadas e sofisticadas.

 

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