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Jeep de Goiana entra em fase de testes

JC Online

A fábrica da Jeep, em Goiana, Zona da Mata Norte, do grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA), iniciou este mês os testes nos equipamentos de sua linha de produção. Em outras palavras, o grupo iniciou a produção do jipinho Renegade que começará a sair comercialmente do complexo industrial a partir do primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a empresa, esses primeiros veículos em produção são protótipos e não serão comercializados. A montadora de veículos é considerada um dos investimentos mais cobiçados pelo Estado em várias décadas. A unidade de Goiana exigiu um investimento de R$ 4 bilhões.

Em nota, a empresa confirmou o início das atividades da fábrica. “Desde o início de outubro, a Jeep iniciou testes nos equipamentos da fábrica em implantação em Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Eles ocorrem por meio da produção de modelos do tipo pré-série do Jeep Renegade. São protótipos não destinados ao mercado comercial e que têm como objetivo verificar a correta instalação e desempenho das máquinas e dos processos desenhados para cada uma das unidades que compõem a planta. A etapa obedece o cronograma do projeto e marca a reta final de implantação do Polo Automotivo Jeep. A produção comercial, conforme anunciado oficialmente, só acontecerá no primeiro trimestre de 2015.”

Os protótipos são analisados em testes de qualidade e podem ser reaproveitados de várias maneiras para novos testes e processos, podendo ser desmontados e remontados para checagem de possíveis erros durante o processo da linha de produção. Nesta fase de testes, o chão de fábrica já conta com 950 funcionários e a previsão é gerar até 850 novas vagas até 2015, quando a unidade entrará em fase de produção comercial.

A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) fez sua estreia ontem em Wall Street. Sétimo maior grupo automobilístico do mundo, a FCA busca com sua abertura de capital nos Estados Unidos capital suficiente para se manter como competidor global. A chegada da companhia à Bolsa de Nova Iorque é fruto de uma jornada encabeçada pelo presidente-executivo da FCA, Sergio Marchionne, que comprou a americana Chrysler depois de sua concordata em 2009. Em seu primeiro dia de pregão, a FCA começou a ser negociada por US$ 9 dólares por ação, uma alta de US$ 0,30 em relação ao papel da empresa anterior, a Fiat SpA, que fechou na semana passada a US$ 8,7. Terminou o dia sendo negociada a US$ 8,92.

A operação de Goiana é considerada a primeira empreitada do grupo unido pelas marcas Fiat e Chrysler, que ainda possuem marcas de peso como Ferrari, Masserati, Dodge, Alfa Romeo, RAM e outras.

Em apresentação da FCA em maio, sobre o plano de crescimento do grupo para os próximos cinco anos, o chefe da FCA em Pernambuco, Stefan Ketter, disse que a fábrica da Jeep em Goiana terá o compromisso de comprar 70% de equipamentos em solo brasileiro, além de manter 2% de suas receitas em pesquisa e desenvolvimento, que serão desenvolvidas no centro que será erguido no local da Fábrica Tacaruna.

Já o parque de fornecedores da montadora contará com empresas como Pirelli, Magneti Marelli, Saint-Gobin e outras, numa cadeia de 16 empresas com 17 linhas de produção, empregando mais de 4.000 pessoas.

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