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Livro narra a história de Tracunhaém

A história do município de Tracunhaém, passa a ser registrada na publicação do livro “Tracunhaém: uma freguesia pernambucana”, de autoria de Tony Danillo Duarte. O lançamento acontece no próximo sábado (27), na Igreja Matriz de Santo Antônio, centro de Tracunhaém, às 19hs. Na programação, a Banda Tercina com seu trabalho instrumental; usando elementos percussivos da Mata Norte Pernambucana, a Sociedade Musical 05 de Novembro (Banda Revoltosa de Nazaré da Mata), Fanfarra Tropa de Elite de Tracunhaém e a tribo de Índios Tabajaras da Paraíba.

O autor explica que o território onde hoje está localizado o município de Tracunhaém, “no período do Brasil Colonial e Imperial, tinha a denominação de freguesia de Tracunhaém, do qual abrangia todo território da atual Zona da Mata norte Pernambucana, onde as cidades de Carpina, Nazaré da Mata, Lagoa do Carro, Limoeiro, Vicência e tantas outras, tinham como sede paroquial aquela povoação, hoje constituída de Tracunhaém, (Capital Estadual da Cerâmica em Barro)”.

O livro é o primeiro sobre o município e traz fatos a muitos desconhecidos, guardados há séculos nos mais distintos arquivos, onde mostra a Tracunhaém do passado. “Este livro é o primeiro a se debruçar sobre a história legítima de Tracunhaém, que antes era chamada pelos índios de Tapirurama”, explica Tony Danillo. O livro é fruto de uma pesquisa de 8 anos, do qual o autor dedicou parte de sua vida a esta obra, para o bem coletivo da memória histórica da presente e futuras gerações, mencionando, as famílias e filhos da terra, seus engenhos, suas glórias, e suas percas.

Entre os temas abordados em “Tracunhaém: uma freguesia pernambucana”, estão detalhes sobre O Massacre de Tracunhaém; a fundação da freguesia em 1690; os leões do norte da Guerra dos Mascates, em 1710; os revolucionários de 1817 e o filho ilustre de Tracunhaém, Padre João Ribeiro, que desenhou a Bandeira do Estado de Pernambuco; a vida e morte do Barão de Tracunhaém; o sonho do poeta João Cabral de Melo Neto de ser sepultado na serra do Engenho Trapuá; a crise de cólera que assolou os engenhos Gambá e Abreus, em 1856. O leitor pode acompanhar, ainda, todo histórico do engenho Cotunguba, fundado em  1690; a fundação do Maracatu Cambindinha de Araçoiaba, considerado o Maracatu mais antigo do estado de Pernambuco, a malha ferroviária e a estação de trem; a escravidão na freguesia de Tracunhaém, o cruzeiros e cemitério das Bringas, onde os maracatus cruzavam as bandeiras.

O conteúdo da publicação aborda, ainda, informações sobre os Rios Tracunhaém e Itapinassu, a primeira viagem a cavalo, saindo de Tracunhaém para o Recife, como transporte público de passageiros, e muitas cartas escritas de Tracunhaém para o Reino Português, através do Conselho Ultramarino de Lisboa, sobre doações de terras dos primeiros engenhos da zona da mata norte, e até pedido de confirmação de carta patente, dos primeiros oficiais na milícia da época do Brasil Colonial.

O autor- Tony Danillo é pesquisador, bacharel em Administração de Empresas, residente em Tracunhaém e, desde cedo, aprendeu amar a terra natal, fazendo questão de mencionar sua cidade por onde passa e, desde criança, nutre o desejo em conhecer mais profundamente o passado de sua pequena localidade. Em 2010, começou o trabalho de pesquisa nas principais instituições, a exemplo do Arquivo Público Estadual de Pernambuco e Biblioteca do Recife, entre outros. Acalentou o desejo – missão árdua e latente – em remontar os caminhos históricos de Tracunhaém, mostrando sua importância para todas as gerações vindouras.

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