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Polícia Federal divulga nome dos presos na Operação Mata Norte  

A Polícia Federal divulgou nesta sexta- feria (22) os nomes dos presos em decorrência da Operação Mata Norte, que investiga um suposto esquema de fraude com recursos enviados para compra de merenda escolar no município de Lagoa do Carro.

Além do ex- prefeito da cidade Severino Jerônimo da Silva, conhecido como Jaílson do Armazém, outros sete envolvidos foram levados para o COTEL e duas mulheres para a Colônia Penal Feminina, no Recife. Oito pessoas foram levadas para a audiência de custódia, na Justiça Federal.

Os nomes dos envolvidos divulgados pela Polícia Federal são: Silvia Maria Santos Porto, Adeildo Marques dos Santos Júnior, Taciana Santos Costa, João Henrique dos Santos, Ricardo Henrique Reis dos Santos, Carlos Eduardo Brito de Albuquerque e Eliab Américo Coutinho. Apenas Jully Anne de Morais Barros teve sua prisão revogada. Ainda de acordo com a Polícia Federal foram alvos da investigação as empresas FJW Empresarial LTDA, Radar Mercantil LTDA e ME (Comercial Américo).

Foi apreendido um vasto material contábil, contratos de empresas, algumas mídias de computadores e um revólver calibre 38 numa residência de um dos suspeitos, o que resultou em uma prisão em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. “Todo esse material passará por perícia técnica a fim de subsidiar as investigações que estão em andamento e após análise poderá surgir novos fatos, novas empresas e pessoas envolvidas nesse esquema criminoso de corrupção de desvio de merenda escolar, o que poderá ensejar novas prisões num possível desdobramento da Operação Mata Norte”, afirma o Assessor de Imprensa da Polícia Federal em Pernambuco, Geovani Santoro.

Ao todo, foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva, cinco de condução coercitiva, bem como 18 de busca e apreensão. As ações ocorreram em Lagoa do Carro, Nazaré da Mata e Carpina, na Mata Norte, e no Recife, em Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Cabo de Santo Agostinho, na área Metropolitana. Os contratos envolvem as licitações das empresas com prefeituras, no período de 2012 até 2017 e chegam a R$ 87 milhões. Apenas os contratos de merenda escolar estão sendo investigados um superfaturamento que chega a R$ 512 mil.

De acordo com as investigações, estas mesmas empresas já haviam sido alvo da Operação Comunheiro 2, da Polícia Civil que desarticulou uma associação criminosa que fornecia alimentos podres e fora do prazo de validade para as escolas públicas.

O esquema envolve políticos, empresários, e empresas que fornecem merenda escolar, advogados, servidores públicos e assessores jurídicos. Os mesmos serão indiciados pelos crimes de desvio de recursos públicos, apropriação de bens ou desvio em proveito próprio, fraude em licitação e associação criminosa

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