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Professores de escolas particulares decretam estado de greve

Os professores da Rede Privada de Ensino decretaram Estado de Greve. A decisão foi tomada durante assembleia geral realizada no dia 19 de maio. O encontro aconteceu simultaneamente nas sedes do Sinpro Pernambuco em Recife, Caruaru e Petrolina e reuniu centenas de educadores da Capital e do Interior do Estado.

Diante da negativa do Sindicato Patronal a todos os pontos da pauta reivindicatória da categoria e a sugestão de retirada de direitos da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), os profissionais da educação decidiram por unanimidade, dar o alerta aos donos de escolas que a partir de agora a categoria pode decretar greve por tempo indeterminado.

Os patrões estabeleceram que 2016 será um ano de sacrifícios. A justificativa é que a crise econômica no país os impede de implementar condições de trabalho justas para aqueles que são os responsáveis pelos lucros que os empresários da educação acumulam.

Enquanto entidade representativa dos professores, esclarecemos a sociedade que nos últimos anos, a educação no Brasil tem sido um dos setores da economia mais rentáveis. O setor educacional brasileiro passa por um intenso processo de mercantilização. As escolas particulares aplicam um reajuste de em média 15¨% nas mensalidades no início do ano, um índice acima da inflação, com a justificativa de arcar com o pagamento dos educadores. No entanto, é importante esclarecer que esse aumento não é repassado aos salários dos professores.

O retrato da educação privada é marcado pela exploração excessiva do trabalho docente, pela péssima remuneração e pela desvalorização profissional. Além disso se constitui também através de sérias irregularidades e desrespeito às leis trabalhistas.

Durante o encontro, os professores também decidiram que farão uma assembleia na Avenida Rui Barbosa, que é um dos principais corredores de tráfego da Zona Norte e o principal corredor da educação privada no Estado, onde concentra várias escolas no entorno. O movimento pode criar ainda mais força, com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino, que também estão em campanha salarial. Os dois Sindicatos se uniram no sentido de resistir aos ataques dos donos de escolas. A concentração está marcada para as 7hras, em frente à Estação de Ponte d’Uchoa. A estação fica numa pequena praça, no centro da Avenida Rui Barbosa.

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