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Profissionais de Educação Física de Pernambuco visitam a Mata Norte buscando fortalecer a categoria no Estado

Integrantes da Chapa 2 na disputa pelo Conselho Regional de Educação Física vão estar na nas cidades do Carpina e Nazaré da Mata, nesta sexta-feira (5), para conversar com profissionais da área e divulgar propostas da chapa para valorização da categoria no estado. Insatisfeitos com a atuação da atual gestão do Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região (CREF12/PE),  os integrantes denunciam que o CREF12 nunca fez nada pelos profissionais, exceto cobrar anuidades e usar de atitudes punitivas com a categoria.

Mais de 100 profissionais vindos de toda parte do estado se reuniram no último noite do dia 27, no Restaurante Sal e Brasa, no Recife, e decidiram formar, pela primeira vez, uma Chapa de Oposição unificada para as eleições do Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região (CREF12/PE). Durante o jantar, apresentaram os fatos que levaram a categoria a se unir contra a atual gestão e as duas chapas de oposição, as chapas 2 e 3 decidiram se unir em uma só chapa, formando a Chapa 2.

O Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) e os Conselhos Regionais de Educação Física (CREFs) foram criados com a Lei 9696/98. Em Pernambuco, o CREF12 conta com quase 11 mil profissionais registrados e mais de 1500 academias/clubes. A anuidade para pessoa física custa R$ 600,00 e pessoa jurídica R$ 1500,00. São 18 anos de Conselho no Estado de Pernambuco e pela primeira vez, batem chapa.

“A reclamação e insatisfação é geral na categoria, em vários aspectos. Os profissionais reclamam que pagam anuidade e não têm retorno. Percebemos que as propostas das duas chapas eram muito parecidas, com foco na renovação e nas mudanças para o nosso Conselho. Esse movimento cresce a cada dia e isso nos motiva. Portanto, vamos sair hoje daqui e multiplicar essa ideia, com a missão de conquistar mais votos. Peço empenho de todos e vamos passar a mensagem da renovação, e rumo à vitória” ressaltou o Educador Físico e ex-atleta da Seleção Brasileira, Lúcio Beltrão.

“Trabalho na Mata Norte, em Carpina, sou um profissional dedicado e já tive muito embate com o CREF 12, e por isso estou aqui, hoje. Trabalho há 10 anos em Carpina, e nunca vi um Conselho Regional tão punitivo com a categoria como o nosso. Precisamos de um Conselho que oriente os profissionais no estado, e não que puna. Espero que após as eleições possamos traçar um novo rumo para nossa classe” ressaltou o Educador Físico André Felipe Nogueira.

“Fui fiscal do CREFI 12 por três anos e pedi exoneração por razões pessoais. Recebi o convite da Chapa 2 e estou aqui hoje engajada nessa luta junto com todos. A gente entende que se não ouvirmos o profissional que está na ponta, como poderemos entender as demandas e prestar um serviço de excelência à sociedade?” indagou a professora  Nillúzia Arruda. “Na última eleição haviam em média seis mil profissionais registrados, e só pouco mais de 200 votaram. Precisamos mudar isso. O CREF 12 precisa voltar a ter credibilidade perante a categoria” finalizou.

De acordo com o professor de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, José Luiz, o que mais motivou a participação dele na chapa 2, além das propostas, foi a credibilidade dos profissionais que estão engajados na Chapa.  “Quando eu vi quem são as pessoas que compõem a Chapa 2, eu topei na hora participar. Eu quero parabenizar a atitude de nobreza e de grandeza da Chapa 3, de se absterem do pleito para se juntar à chapa 2, formando uma única Chapa de Oposição.  Num processo eleitoral tem vitoriosos e derrotados, mas, posso afirmar nessa noite que a vitória política já é nossa” disse emocionado o professor da UFPE.

Na última eleição (2015), houve uma primeira tentativa dos profissionais baterem chapa, mas tiveram dificuldades. “Tivemos diversas dificuldades para inscrever nossa Chapa na época. Existiam diversos processos burocráticos que foram impostos e que não eram os processos informados. O prazo que eles nos deram para entregar uma certidão de elegibilidade, por exemplo, que era de 7 dias, e que sem uma razão, esse prazo foi reduzido para 24 horas. Isso, na época, impossibilitou a confirmação da elegibilidade dos 14 membros, ficando a Chapa indeferida” relatou indignado o Educador Físico Enoque Tavares, que completou: “Nesse ano foi tudo bem mais obscuro, tivemos o cuidado de logo depois da eleição de 2015 retirar um documento do site do CREFI 12, ou seja, a lista dos votantes que dava a elegibilidade para o pleito de 2018.

Tivemos o cuidado de verificar se todas as obrigações estavam em dia com o Conselho, com antecedência à data de inscrição da chapa. Mesmo assim, no dia 13 de julho, última dia de inscrição da Chapa, estivemos no Conselho e escrevemos a Chapa 3, mas tivemos de entregar vários documentos que não estavam disponíveis no site. Dias depois, recebo uma ligação do presidente da Comissão Eleitoral, pedindo para  que comparecesse no Conselho, e comparecendo, nos entregaram um documento de indeferimento por divergências de formulários. Isso gerou uma total indignação de nossa chapa. Acionamos a Justiça, que deu deferimento à nossa Chapa. Por ter sido tão conturbado todo o processo e a Chapa 2 já estava organizada em campanha, decidimos não dividir a oposição e na noite de hoje, decidimos nos unir e juntar as forças” relatou emocionado o Educador Físico.

Conheça as principais propostas anunciadas pela Chapa 2:

– Ampliar e flexibilizar os acordos e os descontos sobre a anuidade;

– Criação do Prêmio Anual para as melhores experiências nas áreas da Educação Física;

– Ampliar o diálogo com o Profissional de Educação Física Escolar, fortalecendo a Comissão de Educação Física Escolar com ações mensais para fortalecer o profissional;

– Interiorizar o CREF12/PE criando 06 (seis) seccionais em diferentes regiões do estado, com profissionais para realizarem atendimento diariamente e fiscalização mais presente no interior de Pernambuco;

– Renovar, fortalecer e ampliar o programa de Orientação e Fiscalização do CREF12/PE;

– Criar normas que regularizem a atuação dos estagiários dentro dos espaços de atuação do Profissional de Educação Física e realizar ações de trabalho junto ao CONFEF e Poderes Legislativos dos diversos Municípios, estabelecendo (normatizando) o limite de alunos por profissional nas diversas áreas de atuação (Musculação, Natação, Ginástica, entre outras). Aumentando com isso o campo de atuação do profissional, não deixando reduzir o número de empregos por meio de estratégias administrativas que diminuem a necessidade da presença de profissionais;

– Aprovação da Lei que versa sobre a obrigatoriedade do PEF nos anos iniciais;

– Fortalecimento na promoção de Cursos gratuitos de aprimoramento profissional;

– Criação do CREF 24 horas, programa digital que permite os registrados a terem suas certidões, e documentos sem sair de casa;

– Realização de audiências nas comissões de Fiscalização e ética profissional para resolver rapidamente todos os casos pendentes;

– Buscar parcerias com bancos, e com o SEBRAE para aqueles profissionais que queiram empreender, tenham taxas melhores e o treinamento adequado para fazer da melhor forma.

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