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Renegade, um Jeep arretado

Sílvio Menezes– JC Online

Em junho, a Jeep vai lançar uma nova versão de entrada do Renegade que vai custar a partir de R$ 66.900 / Foto: Divulgação

RIO DE JANEIRO – Lançado oficialmente esta semana no Brasil, o Jeep Renegade só chegará às concessionárias do País em 10 de abril, mas já é certo que o automóvel produzido em Pernambuco vai sacudir o chamado mercado de SUVs compactos. A reportagem do JC participou de um test-drive de mais de 100 quilômetros em diversos tipos de terrenos e antecipa nesta edição o quanto é valente o carro que está sendo fabricado em Goiana, Zona da Mata Norte do Estado. Versátil, anda bem em trechos urbanos e regiões fora-de-estrada. O preço começa em 69.900 para o modelo 1.8 flex manual e chega aos R$ 116.900, no 4×4 a diesel com câmbio automático. Em junho, a montadora vai lançar uma versão a partir de R$ 66.900.

Disponível em três versões, o Jeep é um SUV pensado para enfrentar o trânsito urbano porque é compacto bem mais fácil de estacionar do que os grandes jipes. E, se for o necessário, encara situações off-road com a mesma desenvoltura (sobretudo no caso das configurações mais caras). O design mistura o antigo e o moderno. Traz faróis redondos, como os do lendário Jeep Willys MB dos anos 40. Os críticos do desenho dizem, com um certo tom de maldade, que o Renegade lembra o Lada – veículo russo vendido no Brasil nos anos 90. A verdade que o Renegade está bem longe. O mais honesto seria falar em automóvel de estilo retrô.

No interior, a cabine do Jeep tem excelente acabamento e muitos recursos tecnológicos, principalmente no modelo avaliado pelo JC, o Trailhawk. Dependendo da versão, ele vem com ar-digital, tela de LCD e uma série de dispositivos eletrônicos presentes somente em carros de luxo, como sensor de ponto cego, que indica a presença de obstáculos na lateral do veículo e ajuda a evitar acidentes. E o motor turbo a diesel é um dos seus diferenciais, pois despeja 170 cavalos de potência. O propulsor impressiona. Basta tocar no acelerador que ele responde sem reclamar e faz ultrapassagens com grande facilidade, deixando claro que tem capacidade para muito mais.

Ao ser exigido no terreno de barro, subiu sem emitir qualquer sinal de cansaço. Impressionou a muitos jornalistas. O câmbio é de nove marchas, exclusividade de carros mais caros, e que garante grande economia e respostas mais rápidas. O veículo vem com um sistema que permite o motorista escolher o ajuste do carro para cruzar o terreno girando apenas um botão no painel. O fabricante diz que a eficiência energética, aliada ao tanque com capacidade de 60 litros, permitirá longas viagens, como ir do Rio de Janeiro a São Paulo e voltar, sem abastecer. No teste que fizemos (que inclui trechos de cidade e estrada), o marcador do computador de bordo indicava perto dos 11 km por litro. Fez o dever de casa muito bem e não era pra menos quando falamos de um carro de quase R$ 120 mil.

Avaliamos ainda a versão Longitude 1.8 flex, com 132 cavalos de potência. Revelou-se uma excelente opção para uso urbano. E é esse que vai interessar ao grande público. A segurança é primordial e o Jeep Renegade 2016 dispõe de mais 60 itens relacionados a esse aspecto. Indo além dos obrigatórios airbags e freios ABS, os controles de tração e de estabilidade, por exemplo, são equipamentos de série em todas as versões, bem como os controles anticapotamento e de estabilidade de trailer.

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