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Santa Cruz faz o dever de casa e bate o Bragantino por 2×1

Sem criar tantas oportunidades mas numa noite eficiente, o Santa Cruz fez o dever de casa ao vencer o Bragantino por 2×1 na noite desta terça-feira (14), no Arruda, em jogo adiado da 16ª rodada da Série B. O resultado fez o tricolor ficar na nona posição com 42 pontos, ainda uma distância considerável, mas ainda não inalcançável do G4.

O Bragantino tentou assustar o Santa Cruz nos primeiros minutos. Aliás, segundos. Aos 15, mal o árbitro dera o primeiro apito. A proteção de zaga tricolor não estava protegendo e Romário recebeu livre, para arriscar de longe. Tiago Cardoso estava bem posicionado, fez a defesa com segurança e soltou o verbo em quem estava à sua frente. O time visitante optou por marcar no círculo central e levava vantagem até os triclores começaram a movimentar Danilo Pires e Keno, cada um de um lado, para dar mais opção.

O Massa Bruta recuou e os corais ganharam terreno no campo ofensivo, mas erraram muito nos dois extremos das jogadaas, o início e o fim. Quando não tropeçavam nas próprias pernas na saída de jogo, os pernambucanos falhavam no passe final. O Bragantino, mesmo recuado não deixou de ser perigoso e só não marcou o primeiro aos 12 porque Antônio Flávio teve de a displicência de finalizar na mesma proporção com que escapou da marcação.

A descrição acima resume bem o que foi todo primeiro tempo. Um jogo falsamente fácil para o Santa, pois o espaço que o adversário dava era retribuído com muito erro de passe. Dentro desse equilíbrio qualquer um poderia fazer um gol a qualquer hora, bastava ser um pouco mais competente. Para sorte dos donos da casa, Wescley estava de vermelho, preto e branco. Aos 35, ele recebeu de Danilo Pires de fora da área. Como seu marcador estava um pouco distante, ele teve tempo de dominar e chutar no canto direito. Wilson Júnior ainda tocou de leve, mas sem força suficiente para desviar a trajetória da bola.

A liderança no placar não mudou a forma de jogar de nenhum dos dois protagonistas. O Bragantino ainda dava espaço e o Santa não aproveitava errando perigosamente na saída de jogo. E o Bragantino, por sua vez, errava novamente na hora de entrar na área. Ironicamente, parecia que um time se apiedava do erro do outro e errava em seguida para ninguém ficar mal na história.

Foto: Diego Nigro/JC Imagem

O segundo tempo começou bem diferente. Em primeiro lugar, os dois times voltaram com alterações. No Santa Cruz, Renatinho substituiu Julinho, que reclamou de dores na coxa. No Bragantino, Erick apareceu no posto do quase nulo Antônio Flávio. Com a bola rolando, a dupla de zaga coral fez o que a dobradinha Keno/Leo Gamalho ainda estava devendo. Aos quatro minutos, após cobrança de escanteio, Renan Fonseca cabeceou para Alemão girar e chutar rasteiro, no canto.

Com dois gols na frente logo no início da etapa final, o Bragantino tomava dois baldes de água fria, mas seguindo a linha ‘bom samaritano’ de ambos no primeiro tempo, o Santa, inexplicavelmente cedeu espaço. Os volantes Sandro Manoel e, principalmente Bileu passaram a jogar quase na mesma linha dos zagueiros. O Bragantino retribuiu a gentileza rodando a bola na frente da área sem infiltração. Ou arriscava de longe – e sempre para longe – ou caíam no bloqueio defensivo pernambucano.

Como precisava de mais posse de bola e Wescley já não aparecia na linha de passe como antes, o técnico Oliveira Canindé acionou Aílton no lugar do autor do primeiro gol. Só nos dez minutos finais é que o Bragantino diminuiu os erros e todo mundo no Santa Cruz precisou mostrar serviço como zagueiro, inclusive Leo Gamalho, que bloqueou um chute de Mota aos 35.

Um pouco antes, Aílton arrancou com Keno e cruzou para Gamalho chegar uma fração de segundo atrasado. Danilo Pires aproveitou acompanhou toda jogada e aproveitou a sobra mas mandou na rede por fora. No penúltimo minuto Sandro lançou Léo Jaime, que percebeu a desnecessária antecipação de Tiago Carodoso para encobrir o goleiro coral. Mas o tempo estava acabando e a reação do Bragantino terminou sufocada pelo tempo

Ficha do jogo:

Santa Cruz: Tiago Cardoso; Tony, Alemão, Renan Fonseca e Julinho (Renatinho); Sandro Manoel, Bileu, Danilo Pires e Wescley (Aílton); Léo Gamalho e Keno (Pingo). Técnico: Oliveira Canindé.

Bragantino: Wilson Júnior; Yago, Romário (Caboré) e Tobi; Robertinho, Jeandro, Magno Cruz (Léo Jaime), Sandro e Magal; Mota e Antônio Flávio (Erick). Técnico: PC Gusmão.

Local: Arruda. Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima (RS). Assistentes: Armando Lopes de Sousa e Anderson Moreira de Farias (ambos do CE). Gols: Wescley, aos 35 do primeiro. Alemão, aos quatro; Léo Jaime, aos 47 do segundo. Cartões amarelos: .

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