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Campeão foi convocado para jogar na Seleção do Céu

Pouco mais de 30 pessoas estiveram presentes no enterro de Rinaldo Campeão , que faleceu na terça- feira vítima de um quadro de grave anemia. Tanto no velório, quanto no enterro foi pouco prestigiado pela população de Carpina. Poucos também foram os torcedores do Náutico, que ajudou a conquistar o hexa com dois gols, no velório e enterro.

Mas ouvi de um de seus parentes: ” Prefiro qualidade a quantidade”. Dos políticos, apenas os vereadores de Carpina Júnior de Salete e Marconi Botafogo estiveram presentes no triste cortejo . Da imprensa vi apenas um. Na última entrevista que fiz com Campeão para o Voz do Planalto, ouvi dele a seguinte frase: ” Quando Pele morreu, morri um pouco com ele” ( pouco mais de dois meses da morte de Pele, companheiro de Campeão na Seleção brasileira, Campeão partiu também. Ambos com a mesma idade: 82 anos).

Vão se reencontrar no céu jogar pela Seleção Celeste ( será que Pele não veio lhe buscar?…) O próprio apelido de Rinaldo, Campeão mostra a dimensão de sua importância para o futebol. Carpina nunca mais terá um representante nos esportes como Rinaldo . No caixão havia bandeiras do Náutico, da seleção e do Palmeiras ( esqueceram das bandeiras do Brasil e de Carpina).

Também havia apenas uma corbelha de flores enfeitando o caixão , da própria família … No final, sua filha Vera Amorim agradeceu a todos que compareceram ao velório e enterro. Não e para qualquer um morrer na Semana Santa… Perdoe Carpina, Campeão. Faça muitos gols no céu!

Biografia

Rinaldo Luiz Amorim vestiu a camisa da seleção nacional de futebol em1964, fez história e elevou o nome de Carpina a um patamar nacional. Natural da cidade de Jurema , no Agreste pernambucano, veio morar em Carpina com 3 anos de idade e recebeu o título de cidadão carpinense em 1913.

Começou sua trajetória no Santa Cruz de Carpina, nos anos 60. Jogou em vários times de cidades do interior do estado e da Paraíba, até chegar ao Náutico em 1962. Foi transferido para o Palmeiras de São Paulo em 1 de abril de 1964. Nesse mesmo ano foi convocado pela seleção brasileira, onde jogou como titular em vários países do mundo. Em 11 partidas pela seleção fez 5 gols. Foi grande amigo de Pele e outras craques brasileiros.

Paulo Fernando Ferreira jornalista, escritor , pesquisador e vice- presidente da União Carpinense de artistas e escritores.

Matéria completa sobre a história de Rinaldo Amorim: https://terceirotempo.uol.com.br/que-fim-levou/rinaldo-amorim-3583

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