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Gerência de Penas Alternativas acompanha homens autores de violência doméstica

A ideia é proporcioná-los reflexões sobre gênero e relações familiares, reforçando a importância da Lei Maria da Penha

A Lei Maria da Penha completa 13 anos nesta quarta-feira, 07, como um instrumento importante para coibir a violência doméstica contra a mulher. No sentido de reforçar ainda mais a importância desta lei, e contribuindo no combate e a prevenção a esse tipo de crime, a Gerência de Penas Alternativas e Integração Social (GEPAIS), órgão da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), desenvolve em quatro cidades pernambucanas o trabalho dos Grupos Reflexivos com os autores da violência.

Os grupos são ministrados pelas equipes das Centrais de Apoio às Medidas e Penas Alternativas (CEAPA´s) das cidades de Recife, Caruaru, Garanhuns e Santa Cruz do Capibaribe, através de uma equipe formada por advogado, psicólogo e assistente social. O objetivo é proporcionar reflexões sobre gênero e relações familiares, visando a não reincidência criminal. Os cumpridores atendidos praticaram crimes como: lesão corporal leve, ameaça, violência psicológica, moral, sexual e patrimonial.

“Inicialmente eles chegam resistentes e não conseguem compreender que o ato praticado foi crime. Depois do terceiro encontro, que geralmente é quinzenal, começam a reconhecer que praticaram um crime de violência doméstica e familiar”, explica Cristiane Araújo, psicóloga da equipe da CEAPA de Garanhuns. No local já foram concluídos dois grupos, com 27 cumpridores, e atualmente 29 estão em acompanhamento.

No Recife os grupos são acompanhados na CEAPA da 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, em Santo Amaro. Neste ano, já foram atendidos três grupos e um está em pleno atendimento. São reuniões que buscam a reflexão sobre a responsabilização dos atos praticados, através da discussão sobre questões de gênero e da Lei Maria da Penha. A outras Centrais, como a de Caruaru, orientou 62 cumpridores só este ano, e a de Santa Cruz, um grupo com 08 participantes.

Nesses grupos são abordadas e trabalhadas as temáticas mais relevantes no que se refere à violência de gênero. “Este trabalho desenvolvido pelas Ceapa’s contribui para a prevenção à criminalidade e reintegração social dos homens autores de violência doméstica e familiar contra a mulher”, explica o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

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