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Rua 05, em Carpina, : modelo de boa vizinhança

Por Paulo Ferreira

Quando chegamos a rua cinco( COHAB 2), bairro de Santo Antônio, em Carpina, parece que ouvimos uma antiga canção da infância : ” Se essa rua fosse minha, eu mandava ladrilhar, com pedrinhas de brilhante para o meu amor passar”. A rua e pequena( 14 casas , 7 de cada lado), singela e poética. Seus moradores recebem os visitantes com gentileza e educação , são hospitaleiros e demonstram amor pelo lugar que moram. E bem cuidada, limpinha e aconchegante. Por isso e outros detalhes, vem chamando a atenção da população carpinense.

No local, presa-se pelo companheirismo de seus moradores, que adotaram a ” política ” da boa vizinhança . A ajuda coletiva dos vizinhos resolve os problemas comuns e organizem-se para comemorarem as datas festivas. Em entrevista coletiva, moradores contam o dia a dia da localidade. Lá , ainda de prática o antigo hábito de se pedir emprestado algo, quando se acabou em casa ( um pouco de café, de açúcar , de fermento para fazer bolo, um comprimido para dor de cabeça etc) .

Também resolvem coletivamente os problemas comuns, como casos de violências, prestar socorro, vigiar o local e proteger uns aos outros. Organizem-se para comemorar datas festivas como Natal, Ano Novo, carnaval , são João , aniversários , casamentos, formaturas, dias dos pais e das mães .

Vivem de forma comunitária , solidária , em harmonia. A rua Cinco tem até fundador: “seu” Pedro da Celpe”, falecido. A professora Patrícia Santos disse que ” para se ter uma boa vizinhança e elementar garantir uma boa vida com menos incômodos e com mais qualidade. Para que se tenha a harmonia com a vizinhança e importante que cada pessoa faça a sua parte e busque sempre respeitar os limites, especialmente em relação ao espaço do vizinho. Não se deve fazer aos outros o que não se quer que se faça com você “.

Eles vivem evitando conflitos e situações desagradáveis. Outra moradora, Priscila Caetano, comentou : ” essa harmonia garante mais tranquilidade no nosso dia a dia, e permite que relações com pessoas agradáveis sejam criadas . Os nossos vizinhos confiam uns nos outros e ajudam para serem ajudados”. Em casos de violência domésticas, raro na cinco, ” aqui, em briga de marido e mulher, a gente mete a colher”, diz outra moradora, sorrindo. “As crianças de outras ruas preferem brincar na nossa” , conta outra. A cinco, também e chamada de “ruas das professoras” ( moram muitas , lá ) . A rua moderna , informatizada, tem Instagram, wattsapp próprios. Assim, se comunicam mais fácilmente entre si e o mundo. Outro detalhe, e que além de ser decoradas nas festas, como Natal, São João , carnaval, as mulheres são todas prendadas : bordadeiras, costureiras, doceiras, boleiras, ” cozinheiras de mão cheias”. Enfim, uma rua diferenciada , cheia de graça , e que quer ser modelos para a cidade e o mundo inteiro.

Os homens não ficam atrás : conhecem de tudo um pouco, fazem serviços de pedreiro, encanador, eletricista, mecânico, segurança ; além de bons donos de casa, de pais e chefes de família. Pequena e sem saída, não se deixa intimidar: ” tamanho não e documento”, diria a rua Cinco, se falasse…

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