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São Pedro Pede socorro, em Carpina

Por Paulo Ferreira

A capela de São Pedro, no povoado de mesmo nome do santo, está com sua estrutura danificada, desgastada pela ação do tempo, e precisa, urgente, de ampla reforma.

A igrejinha mais que centenária já deveria ser considerada patrimônio histórico e cultural do município. Apesar desses problemas, ela continua com atividades religiosas, como missas, novenas, terços, procissões, entre outras atividades religiosas.

A paróquia de São José, responsável pela capela, junto com alguns fiéis já estão organizando a tradição festa em homenagem a São Pedro, com novena e procissão, possivelmente o dia 29 de junho. O Santo é o padroeiro do povoado da área rural de Carpina, chamado Ribeirão de São Pedro.

A preocupação da população, neste período de inverno com fortes chuvas, poderá causar maiores da os à capela. A falta de manutenção, de reformas periódicas, são as responsáveis pelos diversos problemas estruturais, rachaduras, telhado e madeiramento danificados.

A reportagem do VP apurou junto a moradores, que existe o medo da capela desabar, e eles perderem o maior patrimônio do povoado. Reclamações de moradores, que não quiseram se identificar, dão conta que a população sofre com outras dificuldades: a poluição do rio Capibaribe, a falta de saneamento básico, calmamente de ruas , carência de iluminação, segurança pública etc.

A revitalização da capela não deve ser muito dispendiosa, segundo eles. É preciso trocar a iluminação, melhorias na frente e entorno da igreja. Toda a comunidade tem, ou deveria ter, de acordo com preceitos da antropologia cultural, seus próprios locais de ritos. Assim, recuperar e preservar a capela de São Pedro, não é apenas importante para os moradores do povoado; mas é também para o município de Carpina, pois a capela é um símbolo histórico e cultural.

Diversas melhorias devem ser realizadas pelo poder público, a paróquia, empresários e fiéis. Santo Roubado. Localizado às margens do rio Capibaribe, próximo à Usina Petribu, o poético, histórico e bucólico povoado da Ribeira de São Pedro, cuja capela dedicada ao santo foi construída na época de ouro da civilização do açúcar.

O pequeno templo tem estilo rústico, simples e colonial. A memória popular local recorda que certo senhor de engenho, por nome Luis Pedro, foi quem edificou o templo, e em seu entorno Formou-se o povoado. Uma procissão com a imagem de São Pedro, no final de junho acontecia da localidade até o engenho Itaenga Grande. No frontispicio da capela desse engenho estava datado 1817, o que se supõe que a capela de São Pedro já existia nessa data.

É, portanto, bicentenária, assim como a procissão do santo. As imagens originais de São Pedro, Santo Antônio e outras peças sacras foram roubadas por um ladrão que veio do Recife. Castiçais, Calix, vasos de prata também foram levados pelo bandido, que foi descoberto e preso. Mas as imagens sacras e outros objetos não foram recuperados. O ladrão, anos depois, foi morto pela polícia quando tentava assaltar um banco no Recife.

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