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Família de jovem morto por PM em Itambé questiona resultado do inquérito policial

O advogado da família do estudante morto por um policial militar durante um protesto, em 17 de março deste ano, em Itambé, na Mata Norte do Pernambuco, vai entrar com um requerimento, em nome dos pais da vítima, para que haja segunda apreciação do caso. Segundo Ronaldo Jordão, a família não aceita que a morte do jovem seja tratada como homicídio culposo, que é quando não há intenção de matar.

“Não podemos aceitar que esse crime bárbaro fique como homicídio culposo, equivalente a um crime de trânsito, por exemplo. Houve premeditação, houve dolo. Quem atira com um calibre 12 tem, minimamente, a intenção de matar”, comentou o advogado. Ainda de acordo com Jordão, os policiais são conhecedores de calibres e armas. “Eles sabem o estrago que podem fazer”, disparou.

O advogado informou que vai rebater a conclusão do inquérito policial e que já deu entrada no Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB). O delegado Pablo Tenório Carvalho, que presidia o inquérito do Caso Itambé, acabou assumindo o IITB, órgão ligado à Gerência da Polícia Científica.

Ainda segundo o advogado, ele vai entrar com pedido para que os outros dois policiais também sejam indiciados. “Os dois indiciados cometeram o crime por ação. Já os outros dois cometeram o crime por omissão e prevaricação, pois ambos possuíam todas as condições necessárias para impedir o delito”, finalizou Jordão.

Indiciamento
O policial que atirou em Edvaldo da Silva Alves, de 19 anos, e o capitão que deu a ordem do disparo foram indiciados, na última sexta-feira (2), por homicídio culposo. Para o delegado, os dois não possuíam treinamento adequado. O jovem ainda chegou a ser socorrido e morreu no dia 11 de abril no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife.

*Folha PE

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