Melhor defesa do Pernambucano Coca-Cola com apenas oito gols sofridos, o Santa Cruz deve ter algum super ‘carrapato’ no time. Correto? Nem tanto. O time do técnico Marcelo Martelotte não é uma equipe que tem marcação individual. O comandante coral não é adepto desse estilo. A filosofia é bastante diferente da do treinador anterior, Zé Teodoro, que em vários momentos, durante a sua passagem pelo Arruda, utilizou a marcação individual.
O segredo da marcação do time de Martelotte é diferente. Consiste na marcação por zona e no constante treinamento dos jogadores, principalmente os atletas mais ofensivos, que possuem a missão de auxiliar os defensores. “A gente treina e ele grita até acertar (a marcação)”, explica o meia Raul.
Apesar dos pedidos de Martelotte pela marcação, os meias também não podem esquecer da criação. Essa é outra cobrança do treinador, principalmente no esquema 4-5-1. “A gente marca, mas não podemos deixar de compactar para não deixar o Dênis isolado”, diz Raul.Com esse estilo, o time fica sem aquele jogador utilizado somente para marcar o adversário individualmente. Everton Sena foi bastante usado pro Zé Teodoro nessa estratégia. Hoje, o zagueiro é improvisado nas laterais e não precisa marcar ninguém especificamente. O retrato disso é que o time joga e marca como um todo. O trabalho, contudo, exige muito treino do treinador, que para o treinamento constantemente para acertar a defesa.
No próximo domingo, o Santa Cruz encara o Náutico, nos Aflitos, pela partida de volta da semifinal do Estadual. Será quando a defesa armada por Martelotte será posta em teste mais uma vez. Se não sofrer gols, o Tricolor está na final. Nesta temporada, isso ocorreu dez vezes, sendo cinco no Pernambucano.
COPA DO BRASIL – O primeiro confronto do Santa Cruz diante do Internacional pela segunda fase da Copa do Brasil será no dia 1 de maio, uma quarta-feira, às 21h50, no Arruda.
*Fonte: Blog do Torcedor
